Seremos nós mais que a soma das nossas partes?
No oco aparece o eco que mais não é que repetição.
Pontapeias as ilusões criadas na dopada ociosidade.
Arranjas quem te belisque de quando em quando
Vais mirando um espelho que teima em estar vazio.
Colocas a tua melhor peruca e sais em busca de aventura...A ventura de sair da peruca...
Os cães lutam á minha porta
As solas manchadas de sangue deixam pequenas migalhas que tubarões cheiram á distância.
Corro pesaroso por ter que á Morte fugir.
O veludo torna tudo tão suave que me deixo dormir enquanto me mostras os males do mundo pelos teus olhos... Um movimento sexy consegue acordar alguns.
Para outros mais fácil era dormir....Dormir para sempre...
Fingindo acordar a cada manhã,mas dormindo, dormindo sempre.
Enquanto se viaja de corpo em corpo sentem-se os diferentes aromas do medo e tudo se revela na mais absoluta escuridão.
A língua passa a noite entalada num livro e não mais se cala.
Será que fingimos ou seremos realmente aqui que fingimos ser?
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.