AMOR PEQUENINO
Aquilo,que nasceu tão pequenino,
que era fraco e tão franzino,
que mal aparecia sobre a relva...
O pequeno sentimento,que era uma migalha,
cria forças,e tão rápido se espalha,
tornando se grande,como um selva...
Seu som,que era de um pequeno sino,
se tornou alto,como se fosse um hino,
e vai se tornando valente e muito feroz...
Todo dia,me traz a amargura,e nunca falha,
passa a me ameaçar,como uma navalha,
querendo dominar de vez,a minha voz...
A pequena luz,que aparecia na aurora,
cresceu,e o meu viver devora,
me atirando,sem piedade,na clausura...
Não tem mais,a leveza de uma palha,
toda minha alegria,ele estraçalha,
minha felicidade,recebeu uma censura...
Apesar de tudo,meu corpo ainda resiste,
não se dá nunca por derrotado,e insiste,
enfrentando com coragem esse predador...
Apesar da saudade que so me atrapalha,
o meu cérebro em silêncio trabalha,
tentando a todo custo, se livrar do seu amor...