Soneto à Frágil Vontade
Insignificantes vontades me tangem
Tocando finos tecidos esgarçados,
Estancam-se em janelas que rangem,
Assustam-se em portais destroçados.
Vão quietas, cautelosas,
Inquietas águas caídas,
Banham-se em águas chorosas,
Secam-se em dores sofridas.
Ai de ti, frágil vontade,
Vagando pelo meu peito,
Reage, volta ao calor!
Sonha que é verdade,
Que nada matou o jeito,
De acreditar no amor.