Uma pobre alma perdida
Nada mais que estes terríveis restos
E mais um pouco...
Alguns ossos quebrados
E mais umas emoções decompostas
Tudo isso ainda está guardado
Dentro do cemitério assombrado
Meu cemitério...
E meu coração ainda não sabe como bater
Para esta doce morte que escorre de meus olhos.
Ainda dói
Dói profundamente
Como uma ferida envenenada sendo agitada
Como morrer e continuar sentindo a morte em sua alma,
Dói porque ainda posso sentir, mas tenho que fingir.
Essa alma esquecida,
A terrível dor física da discrepância da minha existência
Posso sentir queimando em meus ossos
Mais uma vez esta triste noção do meu sepulcro.
E esta terra negra encarando-me sob meus pés
As caveiras a gritar outra e outra vez o meu nome
Onde mais posso sentir esta dor me cortar
Quando todo o meu corpo parece estar mergulhado no limbo?
Mais uma alma perdida
E toda a mentira da paz eterna condena o meu ser
Porque estes terríveis restos apodrecidos
Alcançam todo o plano da minha angústia
E desta vez eu vejo dentro e profundamente dentro desta escuridão
Este cemitério frio, abandonado, assombrado
Em seu repouso eterno e sem paz
Jaz firmemente entalhado em meu enfraquecido coração...
Eu sei, bem sei agora
Este sentimento mortal e fúnebre
Eternamente bombeando, como um veneno entorpecente
Em cada uma das minhas frágeis veias
Em cada canto mortiço do meu ser
Em cada lágrima úmida esquecida em mim
Até na parte mais sombria e fria da minha mente
Sempre me mantendo acordada pra esta dolorosa
E sepulcral morte da minha alma.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....