O vento sopra uma canção em meus ouvidos
E meu olhar metafísico vislumbra uma bailarina,
Penso tratar-se de um sonho ótico na retina,
Mas sua nudez é tão nítida que extasia meus sentidos.
Com a luz cósmica minha sensualidade aflora,
E me vejo um dançarino a bailar entre as estrelas
Num descampado astral cheio de macieiras e pereiras
Totalmente envolvido por um ritmo sem nódoa.
O cenário é coadjuvante da música que arrepia
E de mãos dadas com a sensibilidade sutil da melodia
Eu e minha parceira tatuamos na embriaguês o compasso...
Desnuda perante minha visão que dá o contraponto,
A dançadeira preenche no engenho artístico todos os pontos
E me torna nu para a contemplação final de um abraço!