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Soergueste-te por entre os musgos que resistem nos
Cantos meus,
Chamar-lhe-ei de vida, inda vendo-te dançar
No meio das sílfides,
Olvida-se o perfume
que se mistura pela noite iluminada no quase raiar de dia.
Tão breve passagem, tão longa noite,
Tão longe da baía dos
cantos meus, tão dentro de mim.
E derivo-me assim,
À sorte,
Enquanto alguns relâmpagos despedaçam
os musgos que resistem.
Na verdade te digo, procuro-te por essa noite
Que jamais esqueci,
procurará-la-ei sempre.
à sorte – sem a reflexão necessária, ao acaso, à toa
“Pára-me de repente o pensamento
Como se de repente refreado
Na doida correria em que levado
Anda em busca da paz do esquecimento”
(“Soneto” Ângelo de Lima)
“- Na verdade vos digo, os pássaros que morrem caem no céu e as cinzas de Maria Callas vogam pelo mar Egeu.” do ciclo uma sílfide adormeceu no leito de uma orquídea branca.