Sinto uma Paz imortal
na solidão destes campos!
Só tu, Alentejo, me confortas,
ânimo das coisas mortas,
ceifeira dos prantos ...
Porque todo m'invades,
porque todo me penetras!
Só esta Terra me conforta,
dá Vida à minh'Alma morta
no silêncio das herdades ...
Óh Povo Alentejano, Povo sem vaidades
que lavras versos na Terra,
não esqueças que chegará o dia
em que rezarás à Senhora da Guia
para que te guie ao alto da serra!
... pois a morte ... levar-te-á de novo
à calmaria dessa Terra ...
Ricardo Louro
Outeiro/monsaraz
Escrevo à Alma do meu Povo,
à Alma da minha Gente
que é minha própria Alma!!!
Ricardo Maria Louro