Diante de fantasmagórico túmulo
Minhas lágrimas caíram e regaram a terra,
Vi germinarem raízes do fruto que se espera
Que é o amor dissociado das mãos do verdugo.
Semear-se a doce ventura do sabor eclético
É saber escolher os grãos que produzem virtude,
A colheita vence ao desencanto e se enche de plenitude
Deixando nas conchas do deserto os vícios patéticos.
Arar o sentimento é plantar-se a boa semente
Que o bicho da seiva não consome nem que tente,
Porque no soalho do coração há um tapete que reluz...
Na aorta acende-se o candelabro de insigne alegria,
As demais veias pululam felizes no cronômetro e vigiam
As horas de um suntuoso enlevo repleto de luz!