Na estrada acidentada desta vida,
És uma das eternas figurantes...
Na tua luta sem tréguas e renhida!
Apenas almejas uns montantes!
Na tua sobrevivência exclui o amor!
Pelo vil metal a entrega é completa...
Dos velhos corpos absorve calor,
Da luxúria aviltante vives repleta!
Todos recebem os teus carinhos,
Afagos aconchegantes como ninho...
Exuberância plena da falsidade!
Jamais libertarás teus sentimentos!
Sem sossegos viverás os teus momentos...
Infeliz, serás a mais impura desta cidade!