Confundem-me essas substâncias do cotidiano,
Parece que a magia devora a realidade
E eu plenamente isento de anormalidade
Ouço dizer a todo instante: te amo!
Francamente: o que fazem com o amor?
Vulgarizam-no sem sentimento e com despeito,
Muito melhor seria falar-se: eu te respeito,
Ao invés de mentiras que causam dissabor...
O amor ganha conotações que ferem suas raízes
E se transforma em verdugo dos que dizem ser felizes,
Pois é veiculado impunemente da boca para fora...
Amor é o entrelaçamento entre duas almas afins,
Ou o ensinamento evangélico que tem um fim
Que é a comunhão solidária, não aperitivo que se decora!