Intenso aguaceiro inundou o bairro,
Definitivamente se transformou em ilha,
O velho violão não mais se dedilha,
Emborcou-se na lama sem tocar o fado.
Semblantes apreensivos com a desdita,
Móveis boiando, caos e muitos destroços,
Povo que dança e trabalha, não vive no ócio
Sem saber mais como pela manhã se espreguiça...
E a chuva inclemente causando transtornos
Num deserto em que nada mais é novo,
Nem a canção que fazia arder a madrugada...
Sussurros de tristezas, lágrimas pungentes
Tomaram conta no tudo que era daquela gente,
Agora só o brega de despedida canta-se na alvorada!