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à elsa
essa mulher em extremo primavera
de pólen e totens à ilharga cingidos imenso
que disfarçadamente acende colibris
plantados no ventre;
ela (e não outra) que me traz feliz e irreverente
até ao artelho do coração e há muito casulo
e uma certa rotina (extenuante, valiosa) que ao poeta
não lembra;
essa mulher, finalmente, na gare propícia,
acenando adeus, de olhos tingidos por muitos eucaliptos avessos;
ela (e não outra)
disfarçadamente sinceríssima // pronta
essa mulher em extremo
primavera
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