Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 24/07/2012 00:04 Atualizado: 26/07/2012 14:46 |
Re: O indizível das coisas
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Enviado por | Tópico |
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AntonioRoqueRocha | Publicado: 13/08/2012 22:19 Atualizado: 13/08/2012 22:19 |
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Re: O indizível das coisas
Desculpe, Cleo, mas lembrei de um lugar com esta imagem e essas palavras. E para este lugar (Farol da Barra/Salvador/Bahia/Brasil) fiz este poema, que está no livro publicado no ano passado:
POR-DO-SOL O sol se avermelha e o mar parecia impaciente. Visto de longe, o Farol parecia um guardião do tempo. O vento trazia notícias de terras distantes Levantando o lixo espalhado nas calçadas. As pessoas pareciam perdidas E se dirigiam para detrás do farol Como a esperar uma luz; No fim do túnel, num fim de tarde. Pareciam romeiros atrás de milagres E sentavam na grama e nas pedras Aguardando o ocaso do dia, Como se a luz do sol entrasse pelos olhos E alcançasse a essência de tudo, Dentro de cada um que ali estivesse. Era um desejo. Era uma esperança. Esperavam e sorriam como crianças. O Porto parou para ver o sol que se punha Com o mesmo esplendor visto por Galileu Ao aprender que a Terra era redonda. E a vermelhidão do céu clareou Quando a multidão de olhos rubros Saiu detrás do farol. Antônio Roque Rocha |
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