Duas soluções a minha frente
Descubro eu,
Deste lugar privilegiado
Que dizem ser o meu.
Cinco e seis os seus números,
Quatro as palavras pronunciadas,
Destinos
Partidas,
Caminhos
Chegadas…
Vejo vultos que passam,
Sem permissão aparente,
Não quero que me vejam
Mas perduram a minha frente.
Espero a minha hora…
Sei que vai chegar,
Será longa a demora, mas
Tenho a senha de embarcar.
Os vultos persistem!
Alguns fixam-se a meu lado
Tentando ou não que fiquem,
No emaranho regelado.
Persistem, persistem
Em me engrampar,
Ate que desistem
Sem se quer eu falar.
Está na hora de eu ir
O transporte chegou,
Não há razão para fugir
Do que a vida me guardou.