Naturalmente embriago minh’alma com o amor,
Navego num êxtase em que a sensualidade aflora,
Seduzo-me intimamente sem jogar fora
O frenesi que compactua com o assédio do meu ardor.
No éter do meu eu há uma indústria de sentimentos
Que produz impulsos que agitam a sensibilidade,
Servem-se do carinho e da ternura com expressividade
Como matérias-primas pré-fabricadas para todos os momentos.
Tanto no ângulo horizontal como no vertical há contatos
Que dinamizam minha rede social de imediato
Sem deixar rastros e linhas abertas em fila de espera...
Meu emotivo é condicionado a amar indefinidamente
E pelas arestas do meu corpo sopra uma brisa intermitente
Que mantém acesa a chama de uma paixão que dilacera!