O poeta escreve o que seu coração pujante
absorve emocionalmente de si e dos que os rodeiam.
Esse Grito de Emoções são paulatinamente, absorvidas, pensadas e imprensadas em folhas brancas de papel.
É seu grito de liberdade, onde os sentimentos são a base de tantos pensamentos, de rimas de amor, de dor e sublimação.
O músico usa seus acordes e harmoniosamente chega ao coração dos ouvintes.
O poeta, usa de suas rimas, de suas emoções, e chega ao coração de quem como ele já evidenciou o amor, a dor, e a alegria de viver.
Há poesia no nascer do sol, na corrente de um rio,
nas ondas intranquilas do mar.
Há poesia, no luar de uma noite escura, na solidão de um quarto em penumbra.
Há poesia, em abraços ardentes e beijos irreverentes...
Na alegria do enamorado que chega, e na despedida com promessas de um breve retorno.
O poeta sente poesia na folha que cai, na flor que desabrocha.
Nos rastro de um caminho que ele não sabe aonde leva, mas que, chega sempre nalgum lugar.
Sendo esperado ou não, alguém sempre o recebe.
Há poesia no espetar de um dedo em um espinho de uma rosa roubada pra oferecer a amada.
Nas gotas de chuva que batem na vidraça, onde há sempre alguém esperando por alguém.
No apito de um navio, que aporta no porto, avisando de sua chegada ou avisando de sua partida.
Nos lenços, vibrados no ar, despedindo-se das pessoas que partem.
Na embriaguez lânguida de de uma taça de vinho rubro, como rubra são as faces daqueles que amam e são amados.
O poeta é apenas um pequeno elo que une e revela os sentimentos mais profundos, extraídos do coração de grandes enamorados.
Esses enamorados que eternamente serão os alvos de
de um poeta ávido de celebrar o amor usando a ponta mágica de um lápis.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)