Tombei nos degraus que acariciam a juventude
E saí cambaleando pelas plataformas da vida,
Inúmeras vezes caí, mas tive em mãos amigas
O socorro que não me permitiu dormir no ataúde.
Passei “raspando” pelas portas da morte
Que se abriam esperando meu corpo vir a desterro,
Porém me levantava e adiava tão desejado enterro
Provando que mesmo enfermo era um indivíduo de sorte...
De doença em doença fui mantendo-me de pé
Contrariando desafetos que aguardavam meu fim,
Dentre as criaturas havia quem gostasse de mim
E graças a elas os demais jamais receberam meu até...
Hoje já não despenco e a saúde me varreu
Para o desespero da multidão que em minha frente morreu!