Fiquei no meio de nenhures
À beira do precipício
Vislumbrei algures
O instante propício
Para fugir de mim
Indaguei um instante
A minha sobrevivência
Descobri-me farsante
Tamanha a pertinência
Por fugir de mim
Aproximei-me da beira
Hesitando enfim
Segredou-me a asneira
Queres que seja assim
Fugires de ti
Dei dois passos atrás
Segurei-me na razão
Saltar não fui capaz
Coisas do coração
Encontrei-me por fim
Na sombra que estava ao lado
Ao meu peito ofegante
O sorriso do meu fado
Desnudou-se confiante
O retorno deu-se assim
Sequer o salto foi dado
Sequer reneguei paixão
Por fim caminho traçado
Entre o meu e o seu por condão
Poesia de Antonia Ruivo
http://escritarubra.blogspot.pt/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...