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Desalentos

 

Anseios que se perdem nas vontades opostas,
Estrangulados por vaidades amorfas!

Egos que se oprimem pela maldade dos arrogantes!

Sol que se escurece pelo desencanto da fraqueza,
Luar sem a luz da alegria,
Que as estrelas apagaram,
Entre paredes da solidão imposta
Por ruas de desilusão,
Onde as flores esmoreceram,
Nas cores da tristeza, sem brilho!

Árvores ressequidas, de folhas caídas,
Estendidas no chão, escurecidas!

Sorrisos mortiços em bocas fechadas,
Palavras sufocadas em gargantas
De desalentados!

Imagens na opacidade de espelhos sem reflexo!

Essência do ser, desfocada pelo não ter,
Almas em sofrimento intemporal.

Consciências metamorfoseadas,
Que se rastejam neste mundo fantoche,
Pela carência de afectos
E pela indignidade da injustiça!

José Carlos Moutinho

 
Autor
zemoutinho
 
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Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 15/07/2012 18:30  Atualizado: 15/07/2012 20:01
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4420
 Re: Desalentos
Ola poeta

Cabe a cada um de nós deixar fluir os sorrisos, regar as flores vencidas..
Gostei de ler o teu desalento em relação a esta sociedade anarquista, desinteressada dos mais altos valores humanitários

Parabens pelo poema

Beijinhos
Tudo de bom para ti