Poemas : 

treze foi o dia que me viu nascer ou aquele em que vénus se protegeu de apolo com uma sombrinha

 



quando se conjugam as estrelas
neste quadrante em que nasci
e no número que não escolhi
digo te quão difícil é fugir dos deuses
que nos marcaram a ferro e fogo
uma vida que nunca se encontra com a outra

que culpa tenho eu desta hybris
de um parental que trago no sangue

e que tragédia me afasta de ti
e me deixa o sentimento exangue


 
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uersus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/07/2012 23:21  Atualizado: 13/07/2012 23:21
 Re: treze foi o dia que me viu nascer ou aquele em que vé...
Tu poetas bem pra caramba! Gostei muito do poema. Também eu nasci a treze... de Maio!!!!! E aí foi o caraças do Apolo que se escondeu na procissão!

O titulo do teu poema é o máximo!

Onde se poe o gosto? rss

Beijo azul


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/07/2012 23:29  Atualizado: 13/07/2012 23:29
 Re: treze foi o dia que me viu nascer ou aquele em que vé...
Por acaso logo pela manhã assim que comecei a trabalhar vi logo Sexta-feira 13...graças a Deus o dia correu normalíssimo...e há os que não nasceram neste dia em que são pessimistas de todo...
Parabéns pela ode à sexta feira 13 bem merecida e lembrada deu origem a um belo poema.

Abraços
Luzia


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 14/07/2012 01:23  Atualizado: 14/07/2012 01:23
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Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: treze foi o dia que me viu nascer ou aquele em que vé...
Tens um carinho e uma afinidade
com as palavras, que pasmo!
Poema talento. bjs

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/07/2012 01:27  Atualizado: 14/07/2012 01:27
 Re: treze foi o dia que me viu nascer ou aquele em que vé...
Excelente o teu poema - como todos os outros que já li.
Fui mãe em um dia 13 - Momento maravilhoso!
Destino? Quem há de saber?
Deixar-te-ei um poema meu, a falar do Destino:

Destino

Um elefante nunca esquece...


Destino... Quem pode falar dele?
Reza a história que o elefante nunca esquece.
Mas que voz teria os pensamentos
E as memórias de um elefante,
Alegoricamente retratado aqui?

Mas no fundo, não somos todos,
Elefantes dos nossos medos... Das nossas convicções,
Dos nossos desejos e anseios,
E tantas vezes nos comportamos como eles?
Imponentes, esmagando por onde passam,
Esquecendo o que a memória guarda,
Fazendo a sua passagem esmagar tantos pensamentos!?
E na sua imponência, austera e secular,
É caçado como uma presa ignorante.
No fundo, em todos os pensamentos, que podemos ter,
Somos presas, não de uma existência,
Mas de um pensamento...

Um pensamento, que move o certo e o errado,
Que curva o destino... O torce e retorce...
E o alinha segundo uma regra,
Que não existe na matemática,
Nem em qualquer outra ciência,
Mas que é única na sua forma
E se dá pelo nome simples,
Que é a junção de sete letras
E o verdadeiro limiar da nossa ignorância...
Esse nome é "destino"!

Tudo nele é interrogação
Não tem uma essência lógica,
É dotado de uma imaturidade arrepiante,
Porque não o compreendemos,
Porque o analisarmos segundo padrões,
Tentando espartilhá-lo (numa ou noutra regra),
Para no fim... Viver a ânsia de ter um pouquinho dele.
De quem é o destino?

A vida e a morte... O saber e a ignorância...
São o destino? Ou no fundo somos o futuro,
Vivido ontem se não... Não era destino...

Não tem lógica... Enquadramento ou sei lá o que...
Existir uma palavra assim! Porque se ele existe...
Onde acaba o passado e começa o futuro...!?

Então o destino é uma fronteira, sem grades...
Mas que a todos prende,
Porque esse possivelmente... É o nosso destino!?


RS
(2008)