Num suporte meramente estético, de salvaguarda intelectual, eu renego todo e qualquer tipo, de religião.
O princípio, de toda a boa religião, centra-se, única e exclusivamente, na sua própria promoção, professando a culpa e a pena, como meio para atingir, o seu propósito maior: sonegar a vontade e livre iniciativa, de quem dela faz uso, revertendo a expiação, para uma caixa de pandora última, que terá o seu epílogo, aquando do armagedão, convenientemente prostrada no tempo e propositadamente intocável.
O Homem precisa urgentemente, de largar amarras e de caminhar sozinho, sem pretextos de última hora, exortando de vez todos os santos e ícones perversos. “Enquanto não experimentares o sabor indelével e salutar da conquista, nunca saberás do teu fracasso, como coisa incipiente serás, doravante”.
Jorge Humberto
(26/10/04)