À beira da praia na areia molhada
Com a lua a estampar sua energia
Abraço a nudez que me fantasia
E me seduzo pelo encanto da luz prateada.
Com o assédio das águas me deito ao vento
E meu corpo viaja em ritmo de aventura,
Nos ferimentos crônicos abertos o sal sutura
Formando cicatrizes em torno do pensamento.
Na espuma branca que se espalha
Bolhas pipocam construindo estradas
Por onde minha imaginação navega sem dor...
Leves vagas atropelam-se com a brisa
E de repente meus olhos extasiados divisam
Na fotografia da noite a moldura do meu amor!