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HINO DA NOITE

 
Oiço-te arrastando tuas vestes
Tuas saias franzidas de escuridão
Assobiando pelas copas dos ciprestes
Sinto a tua presença e poder
Nas câmaras assombradas do breu
Oiço teus sons de amargura e prazer
Como rimas de um velho poeta
Que em qualquer esquina se esconde
Abrigado do vento e da chuva
Que lhe amadurece a fronte
Passas devagar e lentamente
Oh noite de Inverno chuvosa
Estragas até a manhã
Que amadurece medrosa
Espera ansiosa à espreita
O fim do dia de tempestade
Virás novamente mais logo
Não te cansa a idade.
Oh noite…
 
Autor
Raul Cordeiro
 
Texto
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Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 19/11/2007 22:07  Atualizado: 19/11/2007 22:07
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: HINO DA NOITE
Está assim tão amu o tempo em Portalegre

Gostei do poema!

Bjs

Enviado por Tópico
Pedra Filosofal
Publicado: 19/11/2007 22:27  Atualizado: 19/11/2007 22:27
Colaborador
Usuário desde: 17/09/2007
Localidade: Barreiro
Mensagens: 1273
 Re: HINO DA NOITE
Bolas Raul... ler este poema a ouvir o temporal desgraçado lá fora dá vontade de amanhã não sair de casa. será que os meus chefes aceitam a justificação?
Agora a sério... Gostei bastante deste hino á noite!!!!

Enviado por Tópico
lucia machado
Publicado: 19/11/2007 22:31  Atualizado: 19/11/2007 22:31
Super Participativo
Usuário desde: 19/07/2007
Localidade:
Mensagens: 143
 Re: HINO DA NOITE
Ao ler este teu poema...

Não pude deixar de "te" imaginar, a declamar este poema...
Pensei em Shakespeare, não sei porquê :P

Gostei! está um género diferente

Parabens!!