Sonetos : 

D. E.

 
Que raio de feitiço ou maldição,
de bruxa ciumenta e malvada,
transforma o meu vigor em quase nada,
ficando amolecido, um morcão.

Não penso merecer este castigo,
não tenho de expiar nenhum pecado,
mas ando mesmo,mesmo, azarado
na hora de fazer amor contigo.

Preciso inventar algum bruxedo
que leve para longe este meu medo,
que deixe esta angústia lá para trás.

Eu quero é manter-me vigoroso,
bem firme, partilhando esse gozo,
na hora em que me dou e tu te dás.

 
Autor
ImprovávelPoeta
 
Texto
Data
Leituras
849
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Sterea
Publicado: 22/01/2013 19:05  Atualizado: 22/01/2013 19:05
Membro de honra
Usuário desde: 20/05/2008
Localidade: Porto
Mensagens: 2999
 Re: D. E.
Bom, mas está comprovado o punho firme e o à-vontade sensorial, no fazer do soneto... e, como quem faz um filho, você fez um soneto por gosto e com muito (bom) gosto... e humor, o que é meio caminho andado para resolver problemas... de todas as índoles.