Lembro de muitas pessoas que passaram por minha vida.
Um legado maior que me fez, pensar e aceitar tudo o
que Nações diferentes, nos enriquecem a vida.
Lembro de dona Itália, pelo nome já sabemos sua terra Mãe.
Minha professora de piano.
Que me fez dedilhar os pequenos acordes do "Gato de Botas".
Meus Avós, alguns portugueses, brasileiros, e de origem indígenas.
Tive mais avós do que todos os meus amigos tinham.
Os avós maternos e paternos e os avós que criaram e cuidaram da
educação de meus pais.
Meus vizinhos, que eram judeus, tinham um cachorro lobo, que,
fugiu, eram, pessoas discretas e boas.
Lembro que perderam uma pessoa da família, todos da rua entristeceram.
Havia, uma vizinha que nos presenteava queijo holandês, ela, sempre
viajava pra Holanda e sentíamos sua ausência.
Sabíamos quando retornava porque chamava minha mãe, e conversavam
por cima do muro.
Haviam muitos amigos da família, muitos portugueses, japoneses, italianos,
descendentes de africanos.
E todos convivíamos em plena harmonia.
Depois, já na juventude, trabalhei com Indianos, que me queriam muito bem.
Aprendi muito com eles, foram os primeiros que me deram oportunidade do
primeiro emprego. Aprendi com eles que, Lealdade é tudo na vida.
Também, aprendi com meus amigos que são judeus, que,
a família é um elo importante na vida.
Eles me deram suporte com o trabalho, pra que eu pudesse manter
a integridade da minha família, a mim e meu filhinho .
No colégio, convivi com um amigo, inesquecível, japonês de descendência,
Meguno Kado. Tornou-se médico, e cumpriu sua missão nesta terra, e partiu.
Convivi com americanos em outra fase de meu trabalho, uma grande oportunidade.
Com eles aprendi canto, tocar flauta transversal e dar valor a comida saudável.
Cada um deles me deu uma partícula da pessoa que hoje me tornei.
Trabalhei com indigenas, com eles aprendi a dar valor aos frutos da terra,
A usar os atributos da natureza como alimento, medicamento, e o respeito
por nossa terra mãe. A valorizar sua cultura e respeitá-los por que são os
poucos que não abusam da natureza, mas a preservam numa luta diária.
Acredito que eu seja, uma pessoa integra, trabalhadeira, e muito especial.
Porque sou parte deles todos que passaram por minha vida.
Sou grata por ter convivido e aprendido com tantas Nações diferentes,
cada uma convivendo em harmonia consigo mesma e com os outros.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)