Os pignos se confundem com orvalho
Na grama escura pela madrugada.
E tudo é um borrão
Borrão de movimento, cores mortas e sons,
Tudo o que eu não quero,
Tudo o que eu não posso ver.
A única imagem é seu rosto,
Rindo de escárnio e impune,
Mas farei-o se apagar
Muito em breve, muito em breve...
E que se apague
As mágoas não me pertencem,
E que o perdedor seja você,
Que minhas lágrimas sequem,
Pois você não as merece.
E o que receberá de mim
Será somente meu perdão
E a minha pena,
Porque não há mais nada a lhe dar.
Minha lágrima virou sorriso
E assim continuará.
Pois eu quero ver o mundo,
E não tenho tempo
Para marejar os olhos,
Principalmente por você.