[ … e quando me morro contorce-se o cansaço

.
.
.
.
.
.
.
.
........................................
***************************************

…
e quando me morro contorce-se o cansaço
Que se encabrita pela pele já gasta.
E morro-me tantas vezes como as ondas do mar.

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes
Deixados pelo grito meu, esquecido no meio das searas.

Fulgem repentinas tempestades que se acalmam,
Quando ressurge o fugidiço poente pela proa,
Regressam os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes.

Morro-me assim, tantas são as vezes,
Quão longe estou das orquídeas tuas.

Quanto mais perto do mar estou, mais longe de ti sou,
Assim me morro. Pudesse eu morrer-me de vez.

O coração?

Adiei-o.

Enviado por	Tópico
RaipoetaLonato2010	Publicado: 01/07/2012 03:55 Atualizado: 01/07/2012 03:55
Colaborador Usuário desde: 13/03/2010 Localidade: Paulínia-SP Mensagens: 2788	Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço "Regressam os recantos que ainda sobrevivem. Agonizantes." Gênial!

Enviado por

Tópico

RaipoetaLonato2010

Publicado: 01/07/2012 03:55 Atualizado: 01/07/2012 03:55

Colaborador

Usuário desde: 13/03/2010

Localidade: Paulínia-SP

Mensagens: 2788

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço

"Regressam os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes."

Gênial!

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 01/07/2012 05:04 Atualizado: 01/07/2012 05:04

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/RaipoetaLonato2010

Morro-me assim, tantas são as vezes,
Quão longe estou das orquídeas tuas.

e como sinto o cansaço que me entorpece o caminhar, me tolda o pensamento que regressa repentinamente às partidas onde um dia nos despedimos de alguém querido. Agonizantes os recantos que sobreviveram.

Poeta, agradeço-te as palavras, o comentário, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Enviado por	Tópico
visitante	Publicado: 01/07/2012 04:34 Atualizado: 01/07/2012 04:34
	Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço Estranho. Hje senti- me assim , morro um pouco a cada verso, a cada sensação d lonjura. Por vezes ja me tenho esquecida d mim mesma...sinto- me esvaecendo a cada golfada d ar... hje morri um pouco. Tocas-me. Perdao pelo desabafo. Um abraço. Karinna*

Enviado por

Tópico

visitante

Publicado: 01/07/2012 04:34 Atualizado: 01/07/2012 04:34

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço

Estranho. Hje senti-
me assim , morro
um pouco a cada
verso, a cada
sensação d lonjura.
Por vezes ja me
tenho esquecida d
mim mesma...sinto-
me esvaecendo a
cada golfada d ar...
hje morri um
pouco. Tocas-me.
Perdao pelo
desabafo. Um
abraço. Karinna*

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 01/07/2012 05:07 Atualizado: 01/07/2012 05:07

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/S.KARINNA*

Quanto mais perto do mar estou, mais longe de ti sou,
Assim me morro. Pudesse eu morrer-me de vez.

Jamais te morras de ti,
e cada vez que te morras renasce-te com mais força,
como as orquídeas,
como os girassóis,

como todas as primaveras que resistem ao inverno.
Tantas as vezes em que me morro de mim,
tantas as vezes que ressuscito com a chegada das primeiras aves que migraram,

quantas as vezes que me quedo abruptamente de mim,
quantas as vezes que me acordo no meio da tempestade

seguindo uma rota de bonança.

Jamais te morras de ti, Poetisa, jamais.

Poetisa que admiro, agradeço-te o desabafo, as palavras, o olhar. Obrigado.

Abraço-te

Enviado por

Tópico

visitante

Publicado: 01/07/2012 22:53 Atualizado: 01/07/2012 22:54

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/S.KARINNA* p/O Transversal

-por um instante-

hoje decidi que já era amanhã
que o Sol alaranjava a Lua
e o vazio na minha carne
com as veias trincadas
as estrelas borradas
no rímel ousado
no meu olhar taciturno
-era amanhã-
e eu fugi do mundo.

hoje quando revivi
a respiração era tua
como um poema
sem mesuras
sem cores levianas
sem letras obtusas...

hoje quando morri
-por um instante-
o céu era um dossel
e os astros orbitavam
em torno desse meu furor pós vida
então percebi
que, mesmo ali
ainda meus dedos aguardam
a orquídea...

-não quero morrer-me ainda-

Karinna*

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 21/07/2012 03:06 Atualizado: 21/07/2012 03:08

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/S.KARINNA*

e por um instante me morro,
apenas por esse instante, seja-me concedido morrer,

como a orquídea,
que reviva com ela,
por um breve instante que seja
mesmo que decida que a noite,
seja de dia,
mesmo que decida que o dia,
seja de noite,

e,
nesse instante reveja
o que deixei de fazer, sentir, ouvir, ver,
tantas cousas perdidas,

então,
que esse instante passe,
não regresse,

afinal,

não quero morrer=me ainda.

Sem palavras Poetisa. Obrigado pelo texto com que me honras. Obrigado.

Abraço-te

Enviado por	Tópico
visitante	Publicado: 01/07/2012 09:10 Atualizado: 01/07/2012 09:11
	Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço Caro amigo, só o amor consegue matar assim tanto. É de fazer inveja à Morte! Mais um poema de qualidade que nos ofertas. Um entre muitos. Parabéns muitos.

Enviado por

Tópico

visitante

Publicado: 01/07/2012 09:10 Atualizado: 01/07/2012 09:11

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço

Caro amigo, só o amor consegue matar assim tanto. É de fazer inveja à Morte! Mais um poema de qualidade que nos ofertas. Um entre muitos. Parabéns muitos.

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 21/07/2012 03:11 Atualizado: 21/07/2012 03:11

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/aquazulis

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes

e como sempre me morro um pouco longe da terra, longe do amar, por vezes anseio o regresso, sim, é verdade, o sossego, as calmarias dos finais de tarde. Um dia será assim.

Poeta Amigo, agradeço-te as palavras, o olhar, pelos parabéns. Obrigado.

Abraço-te

Enviado por	Tópico
Liliana Jardim	Publicado: 01/07/2012 11:21 Atualizado: 01/07/2012 11:21
Usuário desde: 08/10/2007 Localidade: Caniço-Madeira Mensagens: 4420	Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço Ola poeta morro-me nas palavras que escrevo nestes versos d`àmar aos pés das ondas bravas que adormece o meu sonhar e o mar de longe chega molhando a pele ressequida dos calhaus do meu pensar Beijinhos Gosto de te ler

Enviado por

Tópico

Liliana Jardim

Publicado: 01/07/2012 11:21 Atualizado: 01/07/2012 11:21

Usuário desde: 08/10/2007

Localidade: Caniço-Madeira

Mensagens: 4420

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço

Ola poeta

morro-me nas palavras que escrevo
nestes versos d`àmar
aos pés das ondas bravas
que adormece o meu sonhar

e o mar de longe chega
molhando a pele ressequida
dos calhaus do meu pensar

Beijinhos
Gosto de te ler

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 21/07/2012 03:19 Atualizado: 21/07/2012 03:19

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/Liliana Jardim

E morro-me tantas vezes longe da terra
Que sangra desnudada dos queixumes
Deixados pelo grito meu, esquecido no meio das searas

grito meu levado pela maré
como se me morresse assim,
tanto o pensar,
tão longas as viagens,

e neste adormecer sem regresso,
avista-se ao longe terra,
um dia apenas que seja.

Poetisa, agradeço-te o texto com que honras o meu, o olhar, por gostar de ler. Obrigado.

Abraço-te

Enviado por	Tópico
rosafogo	Publicado: 01/07/2012 13:01 Atualizado: 01/07/2012 13:01
Usuário desde: 28/07/2009 Localidade: Mensagens: 10799	Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço Emoções difíceis de reter...surge a melancolia, a saudade mas desabafar na poesia é óptimo. A felicidade quanto a mim é relativa, penso que tudo na vida tem o seu tempo contado, ainda assim é preciso continuar a sonhar. E eu sonho sempre que te leio, sempre acho um encanto, um presente que nos ofereces. Um abraço, bom domingo.

Enviado por

Tópico

rosafogo

Publicado: 01/07/2012 13:01 Atualizado: 01/07/2012 13:01

Usuário desde: 28/07/2009

Localidade:

Mensagens: 10799

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço

Emoções difíceis de reter...surge a melancolia, a saudade mas desabafar na poesia é óptimo. A felicidade quanto a mim é relativa, penso que tudo na vida tem o seu tempo contado, ainda assim é preciso continuar a sonhar.

E eu sonho sempre que te leio, sempre acho um encanto, um presente que nos ofereces.

Um abraço, bom domingo.

Enviado por

Tópico

Transversal

Publicado: 21/07/2012 03:23 Atualizado: 21/07/2012 03:23

Membro de honra

Usuário desde: 02/01/2011

Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)

Mensagens: 3755

Re: [ … e quando me morro contorce-se o cansaço P/rosafogo

Fulgem repentinas tempestades que se acalmam,
Quando ressurge o fugidiço poente pela proa,
Regressam os recantos que ainda sobrevivem.
Agonizantes.

e tantas vezes a distância se torna agonizante, e a emoção invade o mar, e tantas as vezes o sonho irrompe sem aviso prévio, o sonho será sempre preciso, o navegar também.

Poetisa, agradeço-te as palavras, o olhar, o sonho, por gostar, bom fim de semana. Obrigado.

Abraço-te

	Re: divagações sem uso de IA. RehggeCamargo 22/11/2024 00:53
	Re: AR-240706 p/Yan_Booss ZeSilveiraDoBrasil 21/11/2024 23:31
	Re: Boa sorte LucianoSpagnol 21/11/2024 23:00
	Re: AR-241120 MariaMorena 21/11/2024 22:24
	Re: Punhal de flores MariaMorena 21/11/2024 22:20
	Re: O encontro MariaMorena 21/11/2024 22:00
	Re: O que passou / gillesdeferre gillesdeferre 21/11/2024 19:08
	Re: Lusaniversários outubro 2024 Luso-Poemas 21/11/2024 18:14
	Re: Mãe EltonSumbane 21/11/2024 18:01
	Re: Para quem tem ouvidos, eu mando bocas p/ paollalopez Alemtagus 21/11/2024 17:49
	Re: a outra e eu... Paulo-Galvão 21/11/2024 17:44
	Re: Olhar que nada vê ou finge não ver Upanhaca 21/11/2024 17:31
	Re: A subtileza da luz Paulo-Galvão 21/11/2024 17:28
	Re: Ser o vento / Beatrix idália 21/11/2024 16:27
	Re: A beleza está no efêmero paollalopez 21/11/2024 12:50

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre