Foi muito importante para a emancipação da mulher tudo o que ocorreu no último século, mas junto com estas mudanças veio também muito de ranço virulento por parte de minorias denominadas “feministas”.
As mulheres na década de setenta já estavam trabalhando fora a muito tempo, mas normalmente quando casavam abriam mão desta prerrogativa e a dos estudos por comodismo e pela cultura.
Vivenciei em casa onde minha irmã mais velha abriu mão da faculdade para se dedicar ao “lar”, mas em situação de certa pressão e de acomodação dela.
Casou, teve filhos e quando estes já estavam na adolescência voltou a ter interesse de trabalhar fora e aí o meu cunhado, que já não estava com esta bola toda, tendo continuado no cerceamento dela dançou e ficou a ver navios enquanto ela foi buscar o seu espaço no mercado e venceu, se tornou uma boa comerciante e hoje ele é que a auxilia.
Quem agiu como ele na década de setenta cedo ou tarde perdeu a companheira caso não houvesse o legitimo amor envolvido, pois onde este havia em toda a história da humanidade, o convívio sempre foi o melhor possível.
E não precisou de nenhum movimento para que isso ocorresse; esta emancipação veio naturalmente junto com s outras mudanças ocorridas naquela década de ouro para a humanidade e não só para as mulheres.
O homem evoluiu muito naquele período também, mas minorias sem causa insistem de dizer que lutam pela causa feminista quando a mulher já é maioria nas universidades, tanto como estudantes como sendo as professoras, assim como em geral no mercado de trabalho.
Já ganharam o seu espaço e eu não entendi uma menina gay, muito bonita, dizer que estava mostrando os peitos na Rio+20 para chamar atenção para a causa feminista.
Eu acho que ela deveria ter debandando para a causa gay, muitos mais necessitados socialmente da colaboração dela, sem entrar no mérito da questão.
Cabe salientar que onde há amor não há perdas para nenhuma das partes e só ganhos, pois nestes casos tudo é feito com respeito e harmonia. Um se coloca para o bem do outro, não é assim?
Problemas entre casais sempre houveram e onde estes não foram superados não havia amor e neste caso a religião teve muita culpa de todos os problemas circundantes surgidos, pois eram mantidos casamentos onde o mais certo seria ter havido a separação.
“O que Deus uniu o homem não deve separar”. A Igreja se colocar no mesmo nível de Deus e o homem ter se submetido a isso só mostra o quanto ele se colocou à mercê desta organização.
Mostra também a mortal decisão para os seres humanos em se acomodarem espiritualmente, colocando na mão de outros o esforço que deveriam ter mantidos pessoalmente para a sua evolução.
Este esforço pessoal teria mantido o ser humano sempre alerta e ativo na sua lida e o teria levado cada vez mais em direção à paz e à elucidação proporcionando-lhe o crescimento interior, o que repercutiria numa sociedade mais sábia, equilibrada e numa vida em acordo com a natureza.
Na medida em que a humanidade se afastou desta premissa ficou como as galinhas que de tanto ficarem ciscando só nos terreiros perderam a sua capacidade de voar, assim aconteceu também com o ser humano no sentido espiritual, pois atrofiou as suas asas anímicas que os manteriam em aprendizado perene da vida espiritual.
Houve uma incisão que acabou aleijando o cérebro do ser humano e que o deixou só com a capacidade de reconhecer o que é material e mais nada do espiritual e isto, que não tem nada a ver com religião, aliás, estas foram uma das grandes causadoras desta deformação, pois incentivaram o comodismo no ser humano de forma que este ficou mais subjugado à sua vontade.
Falar sobre elevação ou espiritualidade hoje dá a impressão de estar-se falando de algo totalmente desconectado no tempo e no espaço.
Mas no que está se tornando a vida neste nosso planeta não deixa de demonstrar que houve algum equivoco em algum momento lá atrás que nos trouxe à esta situação catastrófica onde não vislumbramos nada de bom para o futuro no sentido de catástrofes naturais e humanas.
Quem teve algum vício neste mundo, que tenha sido o de fumar, sabe que a partir de um momento você o vê como um prazer igual ao de saciar a sede e a alimentação.
Qualquer vício passa a ser uma necessidade física como as naturais exigidas pelo corpo, chegando ao ponto em que o ser humano morre de câncer, mas não larga deste habito que muitos chamam de “seu companheiro dos bons e maus momentos”.
Os viciados em cocaína dizem a mesma coisa, os do crack, os da maconha, mas a humanidade também desenvolveu outros hábitos que passaram a ser o seu objetivo máximo da vida, tais como a busca de bens materiais, a transformação da atividade sexual em vício chegando a ser hoje a finalidade principal de muitos dos relacionamentos “contraídos no céu”.
No meio de tantas necessidades artificiais criadas pelo homem, que estão sempre exigindo a sua satisfação, muitos podem achar a vida espiritual como pouco atrativa e sem sal.
Eles passaram a exigir uma dose de adrenalina no dia a dia que já não sabem mais viver sem ela e acham que qualquer rotina sem isso torna a vida chata.
Alguns até dizem “de que adiantaria uma vida eterna sem nenhum destes prazeres”.
Isto mostra o quanto o ser humano se afastou da vida natural e desconhece qualquer prazer que não os criado por ele mesmo.
Por que muitos pensam assim? Porque a religião criou uma idéia falsa do que seria uma elevação espiritual, uma iluminação, e vendia outrora, e hoje “dá”, indulgências, bastando que tal pecador se confesse ou pague o dízimo que os seus pecados estarão perdoados.
Então ficou difícil; com o tempo valores perenes foram substituídos por valores imediatistas e que passaram a dar o tom na vida da maioria da humanidade.
Espiritualidade, evolução, que trariam elevação espiritual ou também chamada de iluminação espiritual, ou seja, esclarecimentos sobre tudo que envolve a vida e não somente o que acontece entre o nascimento e a morte de cada um. Este é um tempo muito curto para quem já teve dezenas destes períodos aqui na Terra e não sabe nada do período que passa do lado de lá entre uma e outra.
Se soubesse do que acontece lá e de como esta vida de agora influenciará na próxima muitos colocariam as barbas de molho antes de darem vazão irrestrita a tantos hábitos e vícios artificiais.
A maior parte de nós não saiu do ensino fundamental espiritual e o prazo para a nossa formação estã se esgotando.
Quando vejo religiosos de sucesso, cantores ou escritores bloqueando a vida afetiva ou marital, tão natural no ser humano, chegando a dizer que não se permitem ficarem a sós com qualquer mulher que seja, não deixo de pensar o quanto este espírito humano de tanto sucesso nesta vida poderá sofrer na próxima, principalmente nas suas relações com o sexo oposto.
Irá sofrer horrores e muita dificuldade nos seus relacionamentos, pois não será mais um religioso e não vai saber do porquê de ter tanta dificuldade de relacionamento, já que faltou o aprendizado que ele anulou aqui nesta vida.
Muitas das infelicidades existentes hoje em muitos corações, que não parecem ter explicações, têm muito a ver com posições que nem estas tomadas em outras vidas. Não podemos esquecer que temos o livre arbítrio e conseqüentemente teremos ou estamos tendo o resultado das nossas decisões.
O sofrimento e os tormentos serão muito grandes e aquela riqueza terrena adquirida anteriormente e que poderia pagar um bom profissional para pelo menos minimizar um pouco este sofrimento, se é que seria possível, ficou na vida passada.
A colheita será amarga, embora ele tenha realizado grandes feitos para a sua religião, mas estas não estão mais de acordo com a vontade divina e ele não terá lenitivos, pois apesar de todo o sucesso não deixou de ser um simples ser humano que atrasou em muito a sua evolução, mesmo que outros o tenham declarado um santo.
Um santo perante a sua religião, mas não perante Deus.
“Despertai, ampliai-vos, criai espaço para o vôo às alturas, ó espíritos humanos, pois não fostes criados para permanecer somente na matéria grosseira, da qual deveis utilizar-vos, mas não considerar como pátria." Abdruschin em Na Luz da Verdade - www.graal.org.br