Nas tuas calçadas fui criança amada... No vale do teu berço aprendi a ler e escrever para enfrentar o mundo com o sonho nas mãos...
Do teu historial consta o milagre das rosas esquecido como também despercebida está a tua imensa beleza...
Do Alão ficou a ciosa distracção que aos Mouros entregou os teus tesouros...
Alenquer que vives tão perto da capital... abraçaste o grande Camões e heróis grandes no tempo da nação...
Do Natal fazes o berço do Deus Menino numa representação natural aqueces os corações de quem te contempla!
Oh! Vila tremenda de calma e águas serenas quando vais ser descoberta por Portugal?
Eu sonhadora incompleta a ti entrego vassalagem se um dia for grande será para ti a minha homenagem...
Das tuas encostas sorri brinquei as utopias que desenho no arco-íris do meu branco papel...
Não me canso de contar que és perfeita luz na minha linhagem de poeta aprendiz...
Nunca te abandonarei pois de mim fizeste a mulher que hoje diz aí Alenquer...Alenquer rainha da minha lucidez...
A ti devo a criativa inspiração a serenidade que encontram no meu olhar a sondar uma voz ao mundo onde te possa erguer um altar para admiração...
Alenquer que de mim fizeste mulher
Ana Coelho Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento. Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...