As velas que se apagam à nossa passagem,
não são mais que achas de fogueiras
que se deixaram apagar,
quando a chuva caía,
quando a chuva ria,
ao dançar no átrio nua...
...nua e crua...
com as lágrimas a servirem de vestes,
e ao sentir-se abençoada por Deus,
sentia-se DEUS...
sentia-se no topo do mundo...
mesmo com o mundo a desmoronar,
mesmo com o mundo a ruír a sua volta,
a loucura nas almas enlouquecidas,
a raiva no ódio de quem mata,
mas no meio desse turbilhar de sentidos,
desnorteados na busca do seu norte,
no meio desses trilhos cruzados sem se cruzarem...
lá caminha a dor, o sentimento, a pureza...
de quem só quer...
ser feliz...
nem que para isso...
seja mago, santo, Deus,
ou pedra...
...afinal o que interessa...
é que essa chuva de lágrimas...
raia um arco-íris...
e possa ser.
Feliz.
by Alexander The Poet
Livro:
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Alexander the Poet
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