Poemas : 

Lencois amassados

 

Lençois amassados
By lcdasilva

Na sombra da noite sinto frio por um corpo que não tenho.
Minhas mãos tremem, meu corpo grita.
Impaciência adolescente que de um corpo sente falta.
Na sombra da noite irei abraçar lençóis solitários
e fronhas molhadas dos suspiros de sombras passadas.
Me sinto esquecido pelo coração bandido de um corpo que desejo,
e na distancia do tempo alcanço lembranças de
um corpo molhado, deletado de pudores, escravizado pelo tesão.
Mulher bandida, formosa e linda, encharcada do amor em silenciosas manhas deitada na minha cama de lençóis amassados.
Sua pele, seu cheiro, caminhos imprudentes do desespero de seu corpo tocar.
Mulher de vontade negligente em um corpo lindo como estrela cadente.
Saudades de no seu intimo me esvaziar, te preencher com meu prazer, um gozo que se traduzia no suor salgado e ardente, que como lagrimas escorriam de meu corpo quente.
Um corpo servido de espasmos violentos se expressava em ações que mais parecia uma fina profissão.
Nas nuvens eu jogava seus pensamentos quando me adentrava no seu ser, seu corpo que em trilhas percorria, encontrando seus seios que mais
pareciam morros de picos sem fim, formatos em rochas pontilhadas que em minha boca se entregavam, matando minha fome, minha sede.
Na suavidade de uma cama molhada, te mexia, de virava, te jogava de lado.
Lindas nádegas assanhadas que nos lençóis amassados minha boca beijava.
Hoje na sombra da noite não sinto só frio.
Nos lençóis amassados um corpo faz falta.
Hoje na sombra da noite só me restam lembranças passadas.

 
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lcdasilva
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