Às sombras das árvores ramalhudas,
Das praças e avenidas cidades a fora,
Descansam corpos cansados da vida,
Sossegam corações repletos de desalento.
Nos parques, shoping´s e corredores,
Das escolas e colégios em algazarras,
Passeiam corpos sedentos de vida,
E corações latentes frenéticos e alentados.
Nos primeiros a realidade impertinente e madrasta,
Dos tantos descasos criados pelos ideais de outrora,
De quando a juventude e o vigor dos sonhos tantos,
Que o tempo foi transformando na realidade de agora.
Os segundos seguem construindo castelos e certezas,
A energia e o viço presente impulsionando a vida,
A mente toda voltada para os dias e o tempo porvir,
Ignorando o passado tão curto e ainda sem marcas.
E as pegadas vão se fazendo no caminho,
Marcando o tempo, o ritmo e as aventuras,
Seja dos velhos marcados corações em sossego,
Ou da juventude apressada de ardentes certezas.
Essa a cronologia do pensar, ver, sentir e refletir,
Esse o começo e o fim sempre justificados pelo meio,
Uns pensando que sua realidade é e se fará diferente,
Outros certos que o começo não deveria ser tão igual.
EACOELHO