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teu suave passo vermelho & negro (Stendhal), o perfume
que o ar absorve lento (em francês, Hans Castorp
no monólogo a Clavdia Chauchat) e o dorso e a anca
movimento calculado para a cadeira busca (Proust
e outros) quando as pernas se cruzam e a saia
sobe três centímetros (Bataille?) as mãos
pousam na mesa (as mãos são suas) e o olhar
vago pelo espaço se detém (Joyce e o «Ulisses»,
no fim, yes yes yes) em mim (Mário Osório,
poeta do século, tarde au café).
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