Poemas : 

AS "MENINAS" da MiNHA VILA

 
AS “MENINAS” da minha VILA

Quando eu tinha 8 anos,
distribuía o nosso excedente de leite
e, certa vez, entrei num rancho
das meninas da minha Vila (as prostitutas) e senti um mau cheiro),
Diziam os marmanjos que aquele cheiro
é que era bom...

E deve ser mesmo, pois as nossas adolescentes,
guardam, ainda, resíduos daquele cheirinho,
apesar dos sabonetes perfumados
e da água potável abundante...

Isso vem provar que o que está lá embaixo
é como o que está lá em cima...
Brilham os pirilampos nos verdes pastos,
como brilham as estrelas no céu azul ...

 
Autor
JBMendes
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1096
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/06/2012 13:02  Atualizado: 21/06/2012 13:17
 Re: AS "MENINAS" da MiNHA VILA
"quis me dar de presente uma noite de amor louco com uma adolescente virgem."
eis uma das boas frases que não me saiu da cabeça, vem da escrita de Gabriel García Márquez em seu livro de ficção, "Memórias de Minhas Putas Tristes". Lendo agora o seu poema, amigo e querido poeta João, não consegui também afastar do meu pensar quais os motivos levados pelo seu olhar para a composição dessas sutis e belas imagens poéticas que comparo-as quais telas de Balthus e suas ninfetas, e que, igualmente, não me saem da cabeça...

"...pois as nossas adolescentes,
guardam, ainda, resíduos daquele cheirinho,
apesar dos sabonetes perfumados
e da água potável abundante...
"

bjo irmão, e meu abraço caRIOca.
zésilveira



http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/album/images/balthus.jpg