Ó Chuva! Fustigas a alma das gentes, Que se passeiam afugentadas por ti Implacável intempérie ameaçadora que retalhas a teu bel-prazer em ventosas saraivadas Que arremessas sem contemplação. Fria e cortante como o gume da espada, sem complacência de quem não te pode evitar
És grotesca quando violentas as terras Mas suave e bela quando cais e banhas Os corpos que percorres com prazer sem cessar Arrepiando-os, levando-os ao êxtase do prazer mundano!
As translúcidas gotículas que emanas Banham qualquer sofrer Limpando as amarguras humanas De um não querer … apazigua o sofrer
Purificação de almas sedentas de amor Purgas os sentimentos mais obscuros Torná-los belos, puros e apetecíveis
Trazes dos céus um misticismo Que nos transporta para um imaginário Continuado de busca pela felicidade Apenas alcançada pela tua sapiência.