Delicia de xumbrego depois da agonia – Lizaldo
Depois da canseira danada
Dum brasuca mãos calejadas
Cabra danado
Lelé da cuca
Por vidinha brasileira
Cai é bem
Uma vadiagemzinha
É bom demais
Pro sem eira nem beira
Pra quem não amealha vintém
Nada de papo refinado
Homem nos trinques
Bem retocado
Quero mesmo é pouco história
Minha conversa é mansa
Pé no pé
Baca a boca
Xodó em dia
Quero mesmo é ver o fogo subir
Queimar tudo
Aquecer o xumbrego
Aí que delicia
Um banho de gato
Só no lero lero
Vem logo que já te quero
Arre égua
Tô má zedandano
Depois da peleja
De vida danada
Cansada
Suada
Nada de trampo
Tocando colher
Aos trancos e barranco
Mão na massa
Pra erguer o prédio
Que nunca vou morar
Depois de escutar lorota
Conversa fiada
Toque de viola de boca
De quem nem sabe o que é suar
A camisa pra nada
Nem para ter o ap top de linha
Ou o corro ano
Ultima geração
Pra não dar um custupio
Nem pipoca para banguelo
Sem cerimonia
Só mesmo passando na birosca
Da dinda
Goelar uma pinga taquari com caju
Depois
Dane-se mundo
Relaxar num pernoite
Com pedaço de mau caminho
Lavando a boneca
Xumbregando no boco dos cocos
Naquela delicia de cabaré
O vaticano dos mercados
Deixar-se envolver no passado
Dos sados noturnos
Daqueles puteiros famosos de Aracaju
Sem deixar jogar pedra na Gení.
Inda mais na Tereza Batista
Velha danada
Xumbregada
Mais ainda vital
Nada de cansaço da guerra
Pau pra toda obra
Cenas da velha Aracaju,
Tão vivas nas minas
Na beira do cais
Mercado das flores
Gentis ruas de ara
Nossa menina leni
Andou por aqui
Conhecendo modas
Quadros da moldura alegria dos anos dourados
Afeitos aos poemas de cordel
Regado ás tantas festanças
Do tales ferras
Onde o Poeta tomam goladas de civilização
Cachaça de entregara aos amores
De homens e mulheres safados
Em todo casarão um encontro censual
Morenas tinhosas
Fogosas
Uma bitóca na bochecha
Com aquele beijo
Desastrado de cabra macho
Na Teresa
Rafaela
E Luzia
Verdadeiro jeito de desentupir a pia
Depois é só recorrer ao chamego
Vasculhar as salienças
Noite adentro
Nas entocas das bibocas
Fora de moda
Pra quem gosta da fruta
Tudo alegria
Pra no outro dia
Exercer a arte de Chapiscar
Pintar muros a janelas
Com muitos cuidados pela qualidade
Exigida por nossos clientes
Retorno á rotina do sol escaldante
Contribuir na estatista do aumento do emprego
De volta para as atividades mal escolhidas
Tudo pela segurança do emprego possível
Nesse mundo bandido
Verdadeiro faz de conto que tá tudo bem
Com meus botões
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...