Mãos à cabeça,
mais um dia passa,
só o compasso me resta
na pouca luz, uma réstia
Acendo uma vela
olho para a tela
nuvem cinzenta
noite magenta
Mãos ao queixo
do pouco que deixo
no caminho talvez um seixo
ou uma prece para São Aleixo
O santo foi para Edessa
eu rumo para Odessa
cada qual se despoja
daquilo que só enoja
O sonho que se desfaz
Na vida que não satisfaz
De sombras e mentiras
De penumbras e piras
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 18-Jun-12.