Ao poeta!
Eu creio no poeta!
Há! Meu amigo e irmão poeta e quantos foram os dias que todos nós os dois juntos choramos!
E quantas foram as indetermináveis linhas que nós os dois juntos escrevemos, severamente derrotados...
Pensais que o poeta é desprovido de sentimentos? Ele jamais ele não o é jamais!
Ele apenas é o punido, o desgraçado que vê para além da nossa compreensão humana...
Hoje cada dia eu mais penso que não é dom a escrita é uma grande responsabilidade, uma grande dor por nós não curada
Como podeis criticar o poeta? Como podeis vós criticar a sua estrada e o seu caminho...
Estrada cheia de tanta intriga e de ingratidão e como fica o coração do poeta? Sangrando...
Sangrando pela falta de amor, de ser tido como louco em devaneios ou um insano total.
És tu oh! Poeta que pintas as searas veste as montanhas, traja os mares e os grandes rios
Coloca em todos eles um belíssimo ingrediente, o ingrediente do amor, da esperança e da amizade
Não pensem que tudo é fácil, não o é e nem o será, sempre em sofrimento e vivendo experiências
Para ele que enxerga o mundo com olhos do amor, olhos da verdade apenas são punidos por isso...
O poeta é o receptor do visível e invisível, o curandeiro das trevas dos profanos e dos incrédulos da vida...
Creio no meu irmão poeta, como ele é dócil com as suas palavras, descreve a vida com os detalhes do amor e da criatividade
Não! Critiquem, não! Deitem ao lixo os poemas, as historias, os inventos de superações de vida, vivida aqui.
Acaso pensais que é tudo fácil? Que ele não sofre que ele não chora? Não deixeis ele guardar a sua magoa
Num livro encostado a canto da sua sala, não craveis em seu pobre coração as lanças da solidão e da ingratidão...
Confesso que este poema é triste e revoltado, mas que eu posso fazer se eu sou apenas um fazedor de pontes aqui neste meu poema!
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