Diante do morro uma vitrine que exulta,
O vento que corre acariciando as têmporas,
O surto poluído que maltrata e leva embora
A beleza em que o olhar mergulha nas horas curtas.
Campeia uma devastação que deixa a natureza constrangida...
Espesso nevoeiro rebola ao redor das nuvens cinzentas,
Orvalho doentio fotografa mazelas e o pólen se ausenta
Da flor seca regada ao deboche da atmosfera carcomida.
A morte é “status quo” que configura o destino
Das vidas que se rastejam na terra e no ar ferino
E dos próprios astros que padecem na fuligem atômica...
Eis o ensaio de uma fossilização que se aproxima,
Nada restará no diagrama, quer embaixo, quer em cima,
E nem o vácuo reportará vestígios de vida orgânica!