Quando em um choro
O amor reclama
E detém o saber,
O coelho espera o chamado.
Enquanto tenta encontrar
A sabedoria dos olhos
E cabelos loiros
De um lobo cinzento.
Que prefere, ternamente frio,
Rescrever a solidão
Perante o beijo fervente
De um gélido luar.
Um coelho, Deus da morte.
Um lobo cinzento, anjo dourado...
Um casal, descascando a eternidade,
E um beijo, assombrando
A própria maldade.
FS