tantos sonhos esquecidos
perdidos no pó da estrada
tantos dias tantas noites
à espera da madrugada
o que foi feito de nós
companheiros de viagem
que é da nossa liberdade
feita de fé e coragem
vai-se o tempo e nós aqui
adormecidos no cais
entretidos com o medo
de já ser tarde demais
teimosamente morrendo
por detrás desta janela
a fingir que somos livres
com um cravo na lapela.