NÃO MAIS
Meus olhos esperam por ti, ansiando,
Minha respiração é um mar de frescura,
Dispo-me de todas as armas – tirando
À ilusão toda e qualquer candura.
Eu sou aquele que viveu no engano,
E que se recusou a toda a ternura,
E sou porque fui, de mim levando,
Aquele que tirando se achou em amargura.
Não mais o utópico em mim,
Não mais a afronta desleal,
A mordedura, o cilício ou afim.
E que seja por mim... e que seja por ti...
E se este for um qualquer Ideal,
Que ele não seja prisão em si!
Jorge Humberto
(11/07/2003)