São nuvens que cobrem o céu,
são lágrimas que caem ao chão,
são corpos que se tocam, que gozam
e que se ferem profundamente
em suas almas vazias.
As
estrelas brilham
- mesmo se já não estiverem no seu local de origem -
e se propagam em ondas...
Supernova
e
tudo
se
re
nova.
Já não sei quem virá
em um novo amanhecer.
Mas eu sei que a noite
nunca é eterna e toda
escuridão tem seu fim.
São luzes ao horizonte,
e já tenho dúvidas
de que o universo é um só,
de que só amamos uma vez,
de que a morte é única,
(já que viramos matéria
e alimentamos a terra),
de que a dor é dor
para que possamos
nos deliciar com o seu alívio,
de que mundo tem jeito,
de que o céu não seja um
licor de anis e as nuvens
não sejam de açúcar.
Já não sei da lua, nem dos mistérios
de seu lado negro e oculto.
Dizem que São Jorge mora lá,
mas acho que ele não suportaria
a intensidade da Supernova.
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