É ridículo guardar
as páginas dos livros
que lias e rasgavas.
...
Ouço o eco das palavras
quando vias teu nome
escrito no sangue
dos pulsos quebrados.
É rídículo eu sei.
Mas se te esqueço,
mais vazia é a sala
onde sonhavas.
Mais ridículo ainda,
é vestir de saudade
o som dos poemas
que não lembravas.
Ainda leio teu nome
gravado nas pedras
das ruas por onde
passavas.
Poemas em ondas deslizam nas águas.