Caminha o médico, em sua dura rotina
Hoje e sempre, o doutor com sua inseparável maleta
E faça sol, ou faça chuva
Gente humilde sempre lhe espera
Autoridades omissas lhe atribuem a culpa
Deste descalabro que se tornou a saúde pública
O doutor já não mais aceita esta exploração
Urge gritar, se Todo Dia é Dia de Labuta,
Tomara que hoje entregue de corpo e alma à Luta,
O dia 12 seja um dia de um grande despertar na
Rua, desta ira amortecida e adormecida
É esta que existe em cada um de nós
Hoje como nunca dantes neste país
O governo assacou com tantas medidas insanas
Já basta, doutor, de sermos vilões e vítimas
E chegada a hora do basta, vamos para as praças
Para defender a nossa nobre profissão
Ante o crônico abandono do SUS entregue às OS
Repudiar esta medida salafrária, junto à população
E não parar jamais de lutar por carreira e salários dignos.
A hora é esta (convenhamos até já passou do ponto), ou fazemos acontecer agora, ou iremos virar peças na engrenagem de lucros da linha-de-montagem taylorista das "Organizações Salafrárias" que estão corroendo feito cupinzal a árvore da saúde, plantada, regada e cuidada por gerações de médicos brasileiros.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 12-Jun-12, a respeito do movimento médico pelo banimento dos artigos da medida provisória que ultraja os vencimentos dos médicos do serviço público federal, reduzindo em 50%.