Tento ter os pés bem assentes no chão,
Mas tudo se passa em vão,
Procuro sossego, procuro paixão que se cruze,
Diante o meu coração, procuro loucura alucinante,
Procuro ter a minha cabeça erguida, sem que nada me atormente,
Todos nós sofremos,
Todos nós dizemos coisas que não devemos,
Todos nós erramos,
Mas quando erramos, existe a remissão,
Mas onde está? …
Não a vejo, Só vejo a discussão.
Vou tentar desatar os atacadores dos meus sapatos,
Andar descalça na avenida de Lisboa,
A tua procura, A procura dos dois,
Quero a tua alma,
Quero o teu aconchego,
Quero o teu carinho,
Não te peço mais nada, mas pelos vistos,
Tudo isto não passa de uma simples angústia,
Não passa de uns determinados descontentamentos.