(Tela de Santiago Carbonell).
"Nenhuma ideia vale uma vida" (Titãs).
Lá onde o Mekong
Naufraga vidas,
Dinamene está,
Clamando em vão
Pelo amado
Que não virá.
Lá onde o desespero
Debalde brada,
Dinamene está à míngua,
Cerrando os olhos do futuro,
Sumindo na curva do rio
Para gáudio da lusitana língua.
Lá onde as águas
Banham de infinito
A saga portuguesa,
Dinamene jaz esquecida
Afogada pela vaidade
De tão vil empresa...
(Danclads Lins de Andrade).