Não precisa andar pelo vento, olhar triste pra tentar esquecer
Pois esta é a saída, então rimo minha morte, a tua sorte
Soneto do meu adeus, silêncio da paixão, pelo desejo do teu viver
Sossego a poesia que era só tua, pela dor que disfarças e encobre
Sutil será não se preocupe, e quando menos perceber
Do outro lado da lua estarei. O silêncio meu passaporte
Em proteção ao coração que o meu ao teu faz sofrer
Sem querer por não saber mensurar a força do seu porte
Desde já te peço perdão, não posso apagar o que eterno será
Estarei na tua história, no vento, e até mesmo no espelho do teu céu
Direcione o seu olhar a lua cheia, pois o meu lá também estará
Este é o limite, a fronteira, que não conseguimos ainda atravessar
E na manhã quando acordar estará cumprido estes versos de mausoléu
Perdoe-me por remexer sonhos e desejos, por você eu tenho que desligar
Murilo Celani Servo
Murilo Celani Servo