Nesta noite,
meu silêncio se faz mar sem ondas.
Dentro desta calmaria de sentimentos,
meus pensamentos sopram as velas do tempo.
Navego de encontro ao passado,
ignorando os ventos,
distanciando-me do presente
a procura de um olhar.
Nesta dolorida paz,
ladeada de ausência,
ouço o choro da saudade
que ecoa no horizonte.
Destino de sonhos perdidos,
onde a esperança jamais atracou.
Viajo neste deserto salgado,
morada de minhas lágrimas.
Bruno de Paula