Degraus...
Nossa!
Quantos degraus!
Havia de cumprir a promessa...
Que covardia é esta?
Subir é que era o caos!
Não se lembrara do detalhe:
Era alto demais!
A idade avançada
Era um encalhe...
Havia de subir, esculpir cada parada,
Deixar a covardia para trás!
Pé ante pé...
Segura aqui, senta acolá!
Lentamente foi escalando, subindo...
No piso cristalino o corpo se espelha
E do ponto máximo avista o mar...
Debruça-se no parapeito, sorriso nos lábios.
Olha para baixo, exclama: “Hum! Ainda não sou velha!”